9 de julho de 2009

Arquitetura

De Arquitetura gótica

"Arquitetura Gótica se baseia num sistema de abóbadas, cuja estabilidade era assegurada por um equilíbrio perfeito de forças."
Se as igrejas românicas eram sólidas e presas à terra, as góticas passaram a ser leves e altaneiras.



Enquanto as catedrais românicas se apresentavam pesadas, escuras, lugar onde os homens religiosos da Idade Média se escondiam com medo dos "olhos de Deus", as catedrais góticas se abriram para a luz do mundo exterior, transformando-a e tornando-a sobrenatural

A Catedral Metropolitana de São Paulo (ou Catedral da Sé) fica na Praça da Sé, no centro de São Paulo. É um dos cinco maiores templos góticos do mundo. Foi construída entre 1913 e 1954. Tem 111 metros de comprimento, 46 de largura, duas torres com 92 metros de altura e uma enorme cúpula. Abriga até cerca de 8 mil pessoas. O projeto original da igreja foi desenvolvido em 1912, pelo arquiteto e engenheiro alemão Maximilian Emil Hehl, com colaboração de Catharina Mafra).



Planta da catedral de Amions. A planta de uma Catedral é sempre em forma de cruz. O braço horizontal corresponde aos equinócios e aos solstícios, enquanto o braço vertical corresponde a um simbolismo polar, aos pólos com relação ao plano do equador. A consciência da planta em cruz nos permite ler o mundo, perceber a arquitetura.



Sistema de forças de uma catedral gótica



Confira toda a simbologia da arquitetura gótica no site www.gothiccastle.net

6 de julho de 2009

Introdução

Além do blog 'Brenda Cousa's' fiz esse para então postar todas as curiosidades e estudos de cunho gótico, desde o sentido original, até o movimento que hoje se vê.






Segue o poema do conto da Queda da Casa de Usher, escrito por Edgar Alan Poe




I
No mais verde de nossos Vales,
habitado por anjos bons,
antigamente um belo e imponente palácio
- um palácio radiante - se erguia.
Nos domínios de rei Pensamento,
lá se achava ele !
Jamais um Serafim espalmou a asa
sobre um edifício só metade tão belo.

II
Estandartes amarelos, gloriosos, dourados,
sobre o seu telhado ondulavam, flutuavam.
(Isso, tudo isso, aconteceu há muito,
muitíssimo tempo.)
E em cada brisa suave que soprava,
naqueles muros pálidos e empenachados,
se elevava um aroma alado.

III
Caminhantes que passavam por esse vale feliz
viam, através de duas janelas iluminadas,
espíritos que se moviam musicalmente
ao som de um alaúde bem afinado,
em torno de um trono onde, sentado,
(Porfirogênito!)
com majestade digna de sua glória,
aparecia o senhor do reino.

IV
E toda refulgente de pérolas e rubis
era a linda porta do palácio,
através da qual passava, passava e passava,
a refulgir sem cessar,
uma turba de ecos cuja grata missão
era apenas cantar,
com vozes de inexcedível beleza,
o talento e o saber de seu rei.

V
Mas seres maus, trajados de luto,
assaltaram o alto trono do monarca;
(ah, lamentamo-nos visto que nunca mais a alvorada
despontará sobre ele, o desolado!)
e, em torno de sua mansão, a glória,
que, rubra, florescia,
não passa, agora, de uma história quase esquecida
dos velhos tempos já sepultados.

VI
E agora os caminhantes, nesse vale,
através das janelas de luz avermelhada,vêem
grandes vultos que se movem fantasticamente
ao som de desafinada melodia;
enquanto isso, qual rio rápido e medonho,
através da porta descorada,
odiosa turba se precipita sem cessar,
rindo - mas sem sorrir nunca mais.